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Manifesto

Queremos cumprimentar a todas as pessoas dos diversos grupos sociais, comunidades, povos e organizações que vêm travando uma batalha contra a invasão de territórios e a destruição de modos de vida. As Américas foram, e ainda são, palcos de um dos maiores genocídios da história da humanidade. Este genocídio teve início com a chegada dos invasores do norte nas praias deste imenso continente transformando, dentre tantas outras, a região litorânea em uma zona de sacrifícios socioambientais, colonizando o que e quem remanesce até os dias atuais. 

Não nos esqueçamos, no entanto, que o genocídio também é cultural. Os aportes técnicos e científicos subsidiados pelas ciências do mar tem impulsionado o des-envolvimento das zonas costeiras: as indústrias, os megaempreendimentos, as unidades de conservação marinhas, dentre outros, com práticas colonizadoras. A oceanografia clássica ou hegemônica é umas das ciências modernas que cumprem um papel na dominação, apagamento e extinção de culturas, corpos, pessoas e territórios ao passo que impõe uma monocultura marítima dentro dos marcos da modernidade. A violência é, portanto, político-epistêmica.

 Nesse sentido, precisamos romper as estruturas racistas, machistas e LGBTQI+ fóbicas e todas as outras que mantém as opressões cotidianas e que também se fazem presentes dentro da ciência e da academia. O meio ambiente mais que nunca é visto como um objeto de negociação, uma fonte de recursos para (ab)uso de poucos e sujeito à apropriação pela lógica do capital. A nossa água não é mercadoria, o nosso solo não é mercadoria, a nossa vida não é mercadoria e só há um jeito: ser resistência! E em meio a isso, também há movimento. É um chamado a ser coerente e construir outra práxis dentro da oceanografia. 

Façamos um compromisso de repensar nosso engajamento com o mundo marinho-costeiro sob outros paradigmas historicamente subalternizados e avançar co-construindo com as lutas e os saberes dos movimentos sociais, dos povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais e outros grupos populares. Propomos um compromisso de construir uma nova oceanografia que cumpra seu papel na busca por justiça socioambiental. Neste dia 8 de junho, que as necessidades para uma transformação da sociedade não passem despercebidas, que possamos refletir sobre a oceanografia que temos e a oceanografia que queremos.

Convocamos a todas as pessoas que se propõem a refletir sobre o papel da oceanografia ao “I Webinário de Oceanografia Socioambiental: diálogos e envolvimentos desde o sul global”. É urgente transcender as limitações da lógica colonial e construir novas formas de fazer oceanografia. Pensemos em quais caminhos inclusivos devemos traçar para, no marco dos direitos humanos e da natureza, compartilhar uma oceanografia socialmente referenciada desde o sul global.

Conheça quem constrói este evento:

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Colaboratorio de Oceanografia Social

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